… um fragmento de infinito é a única coisa sem preço que nos pode ligar para lá do espaço e do tempo.

(José Tolentino de Mendonça, 2017)

Alfredo Gomes Dias

Professor Adjunto da Escola Superior de Educação do Politécnico de Lisboa.

Investigador do Centro de Estudos Geográficos do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa.

Doutoramento em Educação com a tese “Práticas e conceções da História e da Didática da História na formação de professores do Ensino Básico (10-12 anos)”, em 2019, na Universidade Autónoma de Barcelona. (Cf. imprimirFicheroTesis.do (educacion.gob.es) )

Professor Especialista do Instituto Politécnico de Lisboa, na Área da Formação de Educadores de Infância e de Professores do 1.º e 2.º Ciclo – Ciências Sociais, título obtido após a prestação de provas públicas realizadas em 2016, com o estudo “Do saber histórico à educação histórica”. (Consultar)

Doutoramento em Geografia Humana no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa, com a tese “A Diáspora Macaense. Macau, Hong Kong, Xangai (1850-1952)”, em 2012. (Cf. http.//hdl.handle.bet/10451/5342 )

Provas Públicas para Professor Adjunto da Escola Superior de Educação de Lisboa, no âmbito da Didática do Estudo do Meio (História e Geografia), em fevereiro de 2007.

Mestrado em “Espaço Lusófono. Cultura, Economia e Política” na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, em 2002, com a dissertação “Portugal, Macau e a Internacionalização da Questão do Ópio (1909-1925)”.

Formador creditado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua em 1997.

Curso de Formação de Formadores em Metodologia de Projeto no âmbito do Programa de Promoção e Educação para a Saúde do Ministério da Educação em 1995/96.

Curso de Qualificação em Ciências da Educação/profissionalização, na Universidade Aberta, no ano letivo de 1990/91.

Licenciado em História, em 1981, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Quando entrei pela primeira vez na velha escola primária da Rua Luz Soriano em Lisboa, no ano letivo de 1965/1966, estava longe de imaginar que, passado todo este tempo, ainda continuaria a viver ao ritmo dos anos letivos, períodos e semestres, aulas de 45 minutos ou de três horas.

Depois de terminada a Licenciatura em História na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 1981, permaneci na escola, assumindo agora o papel de professor, não em Portugal, mas na República Democrática de S. Tomé e Príncipe, onde fui professor cooperante durante cinco anos, lecionando no ensino básico. Na cidade de S. Tomé, na Escola Preparatória Patrice Lumumba, lecionei a minha primeira aula de História a uma turma do 5.º ano de escolaridade.

Seguiu-se a Escola Preparatória de Caxias, o Colégio Português de Kinshasa, no Congo (a minha segunda experiência africana), a Escola Preparatória de Caldas de Vizela, a EB 23 Matilde Rosa Araújo, em S. Domingos de Rana – Cascais, a Direção Regional de Educação de Lisboa e, finalmente, em 1999/2000, entrei na Escola Superior de Educação de Lisboa, para iniciar a minha experiência profissional como professor do domínio das Ciências Sociais, nos cursos de formação inicial de professores do ensino básico.

Paralela a este percurso profissional como professor, primeiro no ensino básico, depois no ensino politécnico superior, nunca abandonei a atividade investigativa sobre a história colonial portuguesa nos séculos XIX e XX. Nos primeiros cinco anos, que correspondem à minha presença em S. Tomé e Príncipe, entre 1981 e 1986, em parceria com um colega, desenvolvi uma investigação sobre a mão-de-obra contratada que contou com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.

Todavia, em 1986/1987 iniciei um novo projeto de investigação que me levou a Macau e que ainda hoje continua a ocupar uma importante parte do meu tempo. Desde a I Guerra do Ópio (1839-1842), que deu origem à minha primeira publicação em 1993, até aos Piratas nos Mares de Macau (1854-1935), tema do meu último projeto desenvolvido sob a chancela do Arquivo de Macau, nos anos de 2016/2020, foram percorridos cerca de trinta e cinco anos em que sempre me senti como aprendiz de historiador.

Este espaço ‘on-line’, o seu conteúdo e a sua estrutura interna, é o fruto destes caminhos trilhados, por vezes em paralelo, por vezes cruzando-se entre si, entre os prazeres de fazer História e de ensinar História.

É também um canal de comunicação, para escrever longe das grades académicas que, cada vez mais, nos limitam o tempo, o espaço e a liberdade de pensar…